• Dra. Daianny Silveira
  • Especialidades
  • Artigos
  • Contato
  • Dra. Daianny Silveira
  • Especialidades
  • Artigos
  • Contato
Facebook Instagram Linkedin

Diarreia Aguda em Crianças: Orientações para Pais e Cuidadores

Gastropediatria

A diarreia aguda é uma condição comum na infância, caracterizada pelo aumento do número de evacuações com fezes líquidas ou pastosas, geralmente durando menos de 14 dias. É uma das principais causas de consultas médicas e hospitalizações em crianças, especialmente em menores de 5 anos. Embora muitas vezes autolimitada, pode evoluir para complicações graves se não manejada adequadamente. Vamos esclarecer as principais causas, os sinais e sintomas, os cuidados e quando buscar ajuda médica. Principais Causas A diarreia aguda é frequentemente causada por:  Vírus:Rotavírus (principalmente em crianças não vacinadas), adenovírus, norovírus. Bactérias: E. coli, Salmonella, Shigella. Parasitas: Giardia lamblia. Outros fatores: Intolerâncias alimentares, uso de antibióticos ou higiene inadequada. Sinais e Sintomas para Observar Os pais devem ficar atentos a:  Alterações nas fezes: aumento de volume, líquidas ou com muco/sangue. Vômitos: persistentes, que impedem a hidratação oral. Febre: acima de 38,5°C. Dor abdominal: cólicas intensas ou persistentes e / ou choro inconsolável. Sinais de desidratação: Boca seca, ausência de lágrimas durante o choro.  Olhos fundos ou fontanela (moleira) afundada em bebês. Redução da urina (fraldas secas por mais de 6 horas). Letargia ou irritabilidade excessiva.  O que fazer em casa Hidratação Oral: Use soro de reidratação oral (SRO ou TRO). Ofereça pequenos goles frequentes, mesmo que a criança vomite. Continue a alimentação: Bebês em aleitamento materno: Mantenha a amamentação.  Crianças maiores: Ofereça alimentos leves (arroz, batata, banana, carne magra). Evite sucos industrializados ou refrigerantes, frituras e lácteos. Higiene rigorosa: Lave as mãos após trocar fraldas e antes de preparar alimentos.  Desinfete superfícies para evitar contágio.  Quando procurar o médico imediatamente Busque ajuda médica se a criança apresentar:  Desidratação grave: Recusa de líquidos, prostração, sem urinar há 12 horas. Vômitos incessantes: Impossibilidade de reter líquidos por mais de 4 horas. Sangue ou pus nas fezes. Febre alta persistente (>39°C) ou  prolongada ( mais de 48h) ou convulsões.  Crianças menores de 6 meses são mais vulneráveis a complicações. Prevenção Vacinação: Rotavírus (inclusa no calendário brasileiro). Higiene: Lavar as mãos antes de manipular alimentos e após trocar fraldas. Água Segura: Filtrada ou fervida   Conclusão A maioria dos casos de diarreia aguda melhora com cuidados simples, como hidratação e alimentação adequada. Porém, a vigilância dos pais é crucial para identificar sinais de alerta. Nunca medique a criança por conta própria (antidiarreicos ou antibióticos sem prescrição podem ser perigosos). Nunca hesite em buscar ajuda médica diante de dúvidas ou piora do estado geral da criança.  Espero que estas informações sejam úteis para orientar os pais e os cuidadores. A educação e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos. Dra Daianny Silveira   Referências Bibliográficas: Organização Mundial da Saúde (OMS). (2023). Tratamento da Diarreia Grave: Manual para Profissionais de Saúde.  Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). (2022). Diretrizes para Manejo da Diarreia Aguda em Crianças.  American Academy of Pediatrics (AAP). (2021). Clinical Report on Acute Gastroenteritis in Children.  Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). (2020). Reidratação Oral: Estratégias para Redução da Mortalidade Infantil. 

6 de maio de 2025 / 0 Comentários
leia mais

Intolerância à Lactose

Gastropediatria

A intolerância à lactose é um problema digestivo comum que afeta muitas crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Ela ocorre quando o corpo não consegue digerir adequadamente a lactose, um açúcar encontrado no leite e em outros produtos lácteos. Essa dificuldade na digestão acontece devido à deficiência ou ausência de uma enzima chamada lactase, que é responsável por quebrar a lactose em açúcares menores, como a glicose e a galactose, para que possam ser absorvidos pelo intestino. A intolerância à lactose pode ser adquirida, transitória ou congênita. Sinais e sintomas Os sintomas da intolerância à lactose geralmente aparecem de 30 minutos a 2 horas após a ingestão de leite ou produtos lácteos. A severidade dos sintomas vai depender da quantidade de lactose ingerida.  Os sinais e sintomas mais comuns incluem: Diarreia: Fezes aquosas e frequentes são um dos sintomas mais comuns. Distensão abdominal: A barriga da criança pode parecer inchada ou estufada. Gases: A criança pode apresentar flatulência excessiva. Dor abdominal: Cólicas ou desconforto na região do abdômen são frequentes. Náuseas e vômitos: Em alguns casos, a criança pode sentir náuseas ou até vomitar após consumir lactose. O que fazer se suspeitar de intolerância à lactose? Se os pais observarem que a criança apresenta os sintomas mencionados após consumir leite ou produtos lácteos, é importante consultar o gastroenterologista infantil para uma avaliação médica adequada. Apenas sob orientação médica, retire o alimento suspeito da dieta, pois a restrição pode levar a deficiências nutricionais, especialmente em crianças. Manejo e Tratamento O tratamento da intolerância à lactose envolve principalmente a redução ou eliminação da lactose da dieta. No entanto, é importante garantir que a criança continue a receber os nutrientes essenciais, como cálcio e vitamina D, que são importantes para o crescimento e desenvolvimento ósseo. Conclusão A intolerância à lactose é uma condição comum, mas que pode ser facilmente gerenciada com as orientações adequadas. Os pais devem estar atentos aos sinais e sintomas e procurar orientação médica para garantir que a criança receba o tratamento e a nutrição adequados. Espero que estas informações sejam úteis para orientar os pais e os cuidadores. A educação e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos. Dra Daianny Silveira Referências Bibliográficas:  Madrazo, J. A., et al. International Cross-Sectional Survey among Healthcare Professionals on the Management of Cow’s Milk Protein Allergy and Lactose Intolerance in Infants and Children. Pediatric Gastroenterology, Hepatology & Nutrition (2022). Heine, R. G., et al.  Lactose intolerance and gastrointestinal cow’s milk allergy in infants and children: common misconceptions revisited. World Allergy Organization Journal, 10(1), 41, (2017).

25 de abril de 2025 / 0 Comentários
leia mais

Dor abdominal em crianças: Sinais de alerta

Gastropediatria

A dor abdominal é um sintoma muito comum em crianças e, na grande maioria das vezes, não está associada a condições graves. No entanto, é fundamental que os pais e cuidadores estejam atentos aos sinais e sintomas  de alerta para saber quando a dor é pode ser um problema mais sério, como apendicite, obstrução intestinal ou infecções bacterianas.  Este artigo visa orientar sobre como identificar os sinais de alerta nos casos de dores abdominais em crianças e como agir diante de cada situação. Sinais e sintomas de alerta Sinais de alerta (possível causa orgânica): Dor intensa e persistente: que não melhora após 2-3 horas. Localização específica: por exemplo: dor no lado inferior direito do abdômen, apendicite deve ser descartada. Se a dor for difusa com distensão, pode indicar obstrução intestinal.  Sintomas associados: Vômitos persistentes (especialmente se verde ou com sangue). Febre alta (acima de 39,0°C ) associada a dor.  Sangue nas fezes ou urina. Perda de peso ou recusa alimentar prolongada. Palidez, sudorese ou letargia.  Abdômen rígido ou inchado: a criança não deixa tocar na barriga. Sinais de desidratação: boca seca, olhos fundos, urina escassa.  Se houver qualquer alteração no comportamento da criança (irritabilidade extrema, letargia). Estes sinais de alerta exigem avaliação médica imediata. Principais condições graves relacionadas à dor abdominal Apendicite aguda    – Dor que começa no umbigo e migra para o lado inferior direito do abdômen.     – Febre, náuseas e vômitos.  Obstrução intestinal    – Dor em cólica, vômitos com bile e ausência de evacuações.     – Pode ser causada por hérnias ou torção intestinal.  Doença inflamatória intestinal (DII)    – Diarreia crônica com sangue, perda de peso e cansaço.     – Comum em adolescentes.  Infecções bacterianas    – Ex: Salmonella ou E. coli, com febre alta e diarreia  com sangue.  Intussuscepção (mais comum em bebês)    – Dor intermitente intensa, vômitos e fezes gelatinosas com sangue (geléia de morango).  Orientações finais para os pais – Mantenha a calma e ofereça conforto: Em muitos casos, a criança se sente melhor com a presença reconfortante dos pais.  Se a dor for mais leve, tente aliviar com métodos caseiros, como compressas mornas na barriga, massagens suaves ou repouso, pois a maioria das dores abdominais em crianças é benigna.  – Registre os sintomas: anote a frequência da dor, horários e alimentos consumidos.  – Evite automedicação: Não administre medicamentos para dor ou antidiarreicos sem orientação médica. O uso inadequado de medicamentos pode mascarar sintomas importantes e dificultar o diagnóstico. – Não ignore sinais de alerta: dor persistente ou sintomas graves exigem avaliação médica imediata.  Conclusão A dor abdominal em crianças é algo que acontece com frequência e, na maioria dos casos, não é grave. Contudo, os pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais e sintomas que podem indicar um problema mais sério. Reconhecer os sinais de alerta e saber quando procurar ajuda médica é crucial para garantir a saúde e o bem-estar da criança. Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, procure o atendimento médico. Espero que estas informações sejam úteis para orientar os pais e os cuidadores. A educação e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos. Dra Daianny Silveira

23 de abril de 2025 / 0 Comentários
leia mais

Constipação Intestinal em Crianças: sinais, sintomas e o que fazer 

Gastropediatria

O que é constipação intestinal? A constipação funcional é um problema comum na infância em todo o mundo e tem um grande impacto no funcionamento social, físico e emocional das crianças afetadas e de seus cuidadores. A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre, é definida como uma condição funcional quando não há causas orgânicas identificáveis, como doenças metabólicas, endócrinas ou anatômicas. Em cerca de 95% dos casos, a constipação em crianças é funcional, ou seja, está relacionada a fatores como dieta, hidratação, comportamento e hábitos intestinais.  Neste artigo, vamos discutir os sinais e sintomas da constipação em crianças e orientar os pais sobre como lidar com essa condição. Sinais e sintomas: Evacuações infrequentes: A criança evacua menos de três vezes por semana. Fezes duras e dolorosas: As fezes são duras, secas e difíceis de passar, podendo causar dor durante a evacuação. Esforço excessivo: A criança faz muito esforço para evacuar, podendo apresentar expressões de dor ou desconforto. Fezes de grande tamanho: As fezes podem ser grandes o suficiente para obstruir o vaso sanitário. Incontinência fecal: Em alguns casos, a criança pode apresentar escape de fezes líquidas ou pastosas (conhecido como “escape fecal”), que pode ser confundido com diarreia. Isso ocorre devido ao acúmulo de fezes no reto, que causa o vazamento de fezes mais líquidas ao redor da massa fecal impactada. Postura retentiva: A criança pode adotar posturas para evitar a evacuação, como cruzar as pernas, ficar na ponta dos pés ou esconder-se. Esse comportamento é frequentemente desencadeado por experiências anteriores de dor ao evacuar. Dor abdominal: A criança pode queixar-se de dor na barriga, que pode ser aliviada após a evacuação. Falta de apetite: A constipação pode levar a uma diminuição do apetite, já que a criança pode se sentir “cheia” ou desconfortável. O que os pais podem fazer? Se os pais observarem esses sinais e sintomas, é importante tomar algumas medidas para ajudar a criança. Aqui estão algumas orientações baseadas nas diretrizes internacionais e nas melhores práticas clínicas: Ajustes na dieta: Aumentar a ingestão de fibras: Alimentos ricos em fibras, como frutas (ameixa, mamão, pera), vegetais (brócolis, cenoura) e grãos integrais (aveia, pão integral), podem ajudar a amolecer as fezes e facilitar a evacuação. A fibra aumenta o volume das fezes e estimula o movimento intestinal e previne a constipação intestinal. Hidratação adequada: Certifique-se de que a criança está bebendo bastante água ao longo do dia. A hidratação é essencial para manter as fezes macias e facilitar a passagem pelo intestino, prevenindo a constipação intestinal. Estímulo à atividade física: A atividade física regular pode ajudar a estimular o funcionamento do intestino. Incentive a criança a brincar ao ar livre, correr e se movimentar. O exercício físico promove a motilidade intestinal e pode ajudar a prevenir a constipação. Hábitos intestinais regulares: Estabeleça uma rotina para a criança sentar no vaso sanitário em horários regulares, especialmente após as refeições. Isso pode ajudar a criar um hábito intestinal saudável. Treinamento de toalete (Treinamento para usar o banheiro): Para crianças que estão em fase de aprendizado para usar o banheiro, é importante que os pais sejam pacientes e encorajadores. Recompensas e elogios podem ajudar a criança a se sentir mais confortável e confiante. Evite punições ou pressões excessivas, pois isso pode aumentar a ansiedade e piorar a retenção fecal. Quando procurar ajuda médica? Se a constipação persistir por mais de duas semanas. Se a criança apresentar sintomas como dor intensa, sangue nas fezes, perda de peso ou vômitos. Nestes casos é essencial procurar um gastropediatra para uma avaliação mais detalhada. O diagnóstico é clínico baseado nos critérios de Roma IV, por isto uma consulta detalhada é importante. Em alguns casos, exames adicionais podem ser necessários para descartar causas orgânicas, como doença de Hirschsprung ou outras condições subjacentes. Tratamento Além das orientações mencionadas acima no texto, em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de laxantes, ajudando a amolecer as fezes e facilitando a evacuação. Conclusão A constipação intestinal é comum em crianças e afeta a qualidade de vida e a saúde psicológica da criança e da família. Os pais desempenham um papel crucial na identificação dos sinais e sintomas e na implementação de mudanças na dieta e no estilo de vida da criança. Em casos persistentes ou graves, a avaliação médica é essencial para garantir que a criança receba o tratamento adequado.     Referências Bibliográficas Koppen, I. J. N., Nurko, S., Saps, M., Di Lorenzo, C., & Benninga, M. A. (2017). The pediatric Rome IV criteria: what’s new? Expert Review of Gastroenterology & Hepatology, 11(3), 193-201. Benninga, M. A., Faure, C., Hyman, P. E., St James Roberts, I., Schechter, N. L., & Nurko, S. (2016). Childhood Functional Gastrointestinal Disorders: Neonate/Toddler. Gastroenterology, 150(6), 1443-1455.e2. Hyams, J. S., Di Lorenzo, C., Saps, M., Shulman, R. J., Staiano, A., & van Tilburg, M. (2016). Functional Disorders: Children and Adolescents. Gastroenterology, 150(6), 1456-1468.

4 de abril de 2025 / 0 Comentários
leia mais

O que é Refluxo Gastroesofágico?

Gastropediatria

O refluxo gastroesofágico (RGE) é uma condição comum em bebês e crianças caracterizada pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e, às vezes, para a boca. Na maioria dos casos, o RGE é um processo fisiológico normal e benigno, especialmente em lactentes, e tende a melhorar naturalmente com o tempo.  No entanto, quando o refluxo causa sintomas que impactam a qualidade de vida ou complicações, como dificuldade para ganhar peso ele pode indicar doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). O refluxo pode ser classificado em ácido, fracamente ácido ou não ácido. A maioria dos episódios de refluxo em lactentes é fracamente ácida ou não ácida, o que torna a supressão ácida ineficaz nesses casos. Refluxo fisiológico: O bebê geralmente apresenta regurgitações frequentes, isto é, “golfa” o leite após as mamadas, mas sem apresentar irritabilidade ou recusa alimentar. Além disso, o lactente mantém um bom ganho de peso e   Sinais e sintomas de alerta que os pais podem observar:  Vômitos persistentes: O bebê pode vomitar o leite após as mamadas, associado a irritabilidade intensa e/ ou recusa alimentar após a regurgitação. É importante diferenciar regurgitação de vômito: a regurgitação é mais leve, não tem esforço, não causa náuseas e não tem desconforto significativo. Dificuldade para ganhar peso: Se o bebê regurgita muito, pode não estar absorvendo calorias suficientes, o que pode afetar o ganho de peso. Recusa alimentar persistente: Crianças com refluxo podem associar a alimentação ao desconforto e recusar o leite ou a comida. Tosse crônica ou chiado no peito: O refluxo pode irritar as vias aéreas, causando tosse ou chiado, especialmente à noite. Irritabilidade e choro intenso: A irritabilidade, o choro e a dificuldade para dormir são sintomas muito comuns, porém são inespecíficos. Entretanto, se o bebê parecer desconfortável, especialmente após se alimentar, pode ser um sintoma. O que fazer? Se o seu bebê apresenta alguns desses sintomas, é importante adotar algumas medidas simples antes de considerar tratamentos mais complexos:  Ajustes na alimentação: Para bebês amamentados, garantir uma boa pega para evitar a ingestão de ar. Continue com a amamentação, pois o leite materno é a melhor opção e pode ajudar a reduzir os sintomas de refluxo. Os sintomas de refluxo em lactentes amamentados não são motivo para interromper a amamentação! Para bebês que usam fórmula, consulte o gastropediatra sobre a possibilidade de usar fórmulas espessadas, que podem reduzir a regurgitação. Ofereça mamadas menores e mais frequentes, evitando que o estômago fique muito cheio. Posicionamento após as mamadas: Mantenha o bebê na posição vertical por 20 a 30 minutos após as mamadas para ajudar a evitar o refluxo. Evite deitar o bebê imediatamente após a alimentação. Não é recomendado deitar o bebê de lado ou  de bruços durante o sono devido ao risco de síndrome da morte súbita do lactente (SMSL). Quando procurar ajuda médica? Embora o refluxo seja comum e geralmente benigno, é importante buscar ajuda médica se apresentar os sinais e sintomas de alerta:  O bebê apresentar dificuldade para ganhar peso. Recusa alimentar e vômitos persistentes. Houver sangue no vômito ou nas fezes. O bebê apresentar sinais de desconforto intenso ou choro inconsolável. Se houver problemas respiratórios graves. Conclusão: O refluxo gastroesofágico é uma condição comum em lactentes e, na maioria dos casos, melhora naturalmente com o tempo. Com pequenos ajustes na alimentação e no posicionamento do bebê, é possível aliviar os sintomas e garantir o bem-estar da criança. No entanto, se houver sinais e sintomas de alarme é essencial buscar orientação do gastropediatra para um diagnóstico e tratamento adequados.  Espero que estas informações sejam úteis para orientar os pais e os cuidadores. A educação e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos. Dra Daianny Silveira Referências Bibliográficas:  Vandenplas, Y., et al. (2024). Infant gastroesophageal reflux disease management consensus. Acta Paediatrica, 113, 403-410.  Rosen, R., et al. (2018). Pediatric gastroesophageal reflux clinical practice guidelines. Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, 66(3), 516-554. 

4 de abril de 2025 / 0 Comentários
leia mais

Dores abdominais comuns em crianças

Gastropediatria

As dores abdominais são uma queixa frequente na infância e podem variar desde desconfortos passageiros até sinais de condições graves. Como pais ou cuidadores, é essencial entender quando uma dor de barriga é inofensiva e quando pode indicar um problema sério. Neste artigo, abordaremos as causas mais comuns e as orientações para lidar com essa situação.  Por que as crianças sentem dor abdominal? A dor abdominal em crianças pode ser funcional (sem causa orgânica identificável) ou orgânica (relacionada a doenças). A maioria dos casos é funcional, associada a fatores como:  Alimentação: excesso de gases, intolerâncias alimentares (ex: lactose), ou dieta pobre em fibras. Estresse emocional: ansiedade, mudanças na rotina ou pressão escolar. Infecções virais: gastroenterites, que causam dor, diarreia e vômitos. Podemos citar alguns exemplos: Cólicas intestinais (gases e constipação):    – Sinais e sintomas: A dor geralmente é difusa e intermitente, podendo estar associada à distensão abdominal (barriga inchada) e ao mal-estar.    – O que fazer: Normalmente, mudanças na alimentação, aumentar a ingestão de líquidos e estimular atividades físicas são eficazes para aliviar a dor. Infecção gastrointestinal (gastroenterite):    – Sinais e sintomas: A dor pode ser acompanhada de diarreia, febre, náuseas e vômitos.    – O que fazer: Manter o bebê ou criança bem hidratada, oferecendo pequenas quantidades de líquidos, como água ou soluções de reidratação oral, é fundamental. A consulta médica será necessária se houver sinais de desidratação. Indigestão ou dor relacionada à alimentação:    – Sinais e sintomas: A dor é mais localizada e ocorre após as refeições, podendo estar associada a episódios de vômitos ou sensação de estômago cheio.    – O que fazer: Evitar alimentos pesados ou que possam causar desconforto à criança, além de estimular uma alimentação mais balanceada e em menores porções. Constipação intestinal – Sinais e sintomas:  A dor é mais difusa, associada a fezes duras, secas ou dolorosas.    – O que fazer: dieta balanceada, hidratação e rotina de evacuação podem prevenir  a constipação.  Orientações finais para os pais – Mantenha a calma e ofereça conforto: Em muitos casos, a criança se sente melhor com a presença reconfortante dos pais.  Se a dor for mais leve, tente aliviar com métodos caseiros, como compressas mornas na barriga, massagens suaves ou repouso, pois a maioria das dores abdominais em crianças é benigna.  – Registre os sintomas: anote a frequência da dor, horários e alimentos consumidos.  – Evite automedicação: Não administre medicamentos para dor ou antidiarreicos sem orientação médica. O uso inadequado de medicamentos pode mascarar sintomas importantes e dificultar o diagnóstico. Conclusão A dor abdominal em crianças é algo que acontece com frequência e, na maioria dos casos, não é grave. Contudo, os pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais e sintomas que podem indicar um problema mais sério. Em caso de dúvidas ou sintomas persistentes, procure a  orientação profissional do gastropediatra. Espero que estas informações sejam úteis para orientar os pais e os cuidadores. A educação e o acompanhamento médico são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos pequenos. Dra Daianny Silveira Referências Bibliográficas: Hyams, J. S., Di Lorenzo, C., Saps, M., Shulman, R. J., Staiano, A., & van Tilburg, M. (2016). Functional Disorders: Children and Adolescents. Gastroenterology, 150(6), 1456-1468. Benninga, M. A., Faure, C., Hyman, P. E., St James Roberts, I., Schechter, N. L., & Nurko, S. (2016). Childhood Functional Gastrointestinal Disorders: Neonate/Toddler. Gastroenterology, 150(6), 1443-1455.e2. Koppen, I. J. N., Nurko, S., Saps, M., Di Lorenzo, C., & Benninga, M. A. (2017). The pediatric Rome IV criteria: what’s new? Expert Review of Gastroenterology & Hepatology, 11(3), 193-201.

1 de abril de 2025 / 0 Comentários
leia mais

Mapa do site

Dra. Daianny Silveira

Especialidades

Contato

Contato

  • (11) 99437-3124
  • (11) 93762-1100
  • dradaiannysilveira@gmail.com

© 2024 Desenvolvido por Wiaweb Webmasters